– Mãe, o J é castanho?
– Sim, é. Mas é um menino como tu.
– Não é, não. Ele é diferente de mim e dos outros meninos.
– É? E tu, és igual a quem?
– Sou igual aos outros meninos da minha sala. Eles têm a mesma cor que eu, menos o J.
– Têm mesmo?!… Olha que eu acho que não… Será que nós somos da mesma cor?
– Somos.
– Hummm… Vamos ver… Junta o teu braço ao meu. São da mesma cor?
– Não…
– Agora junta ao da mana. E que tal? A cor é igual?
– Também não… E a do pai também é diferente.
– Pois é. Somos da mesma família e nem por isso temos a mesma cor de pele. Não somos iguais, nem somos diferentes. Somos semelhantes. E isso é bom, não é?
– É!
Esta foi uma conversa que tive há uns tempos com a B. No dia seguinte, procurei o projeto Humanae, da brasileira Angélica Dass. Fiz um print screen de vários rostos e imprimir para que a B pudesse levar para a escola e mostrar aos amigos a variedade e riqueza da diversidade humana.
Ficou toda contente com a descoberta. Por perceber que não há só branco ou preto, cor de pele ou castanho. O mundo afinal é tão mais colorido, e por isso, tão mais rico e completo.