À mana, à mi… muah! Há surpresas quando a mais nova participa nas reuniões de família…

Reconhecimento

 

Ela tem pouco mais de dois anos e meio, mas fazemos questão que participe nas nossas reuniões de família semanais.

É muito novinha e sabemos que o seu contributo é limitado, mas queremos que desenvolva o sentimento de pertença e por isso não esperamos que adormeça para reunirmos e falarmos dos temas em pauta.

Ela lá está, connosco, onde pertence e a queremos, entre nós. Às vezes está mais quieta, outras vezes irrequieta, mas está.

Numa destas semanas tivemos uma surpresa…

Como é hábito começamos as reuniões de família com agradecimentos e reconhecimentos. A B por norma decide a ordem de quem usa da palavra. A L também gosta deste momento e fica muito entusiasmada quando é a vez dela de falar, embora, à excepção de sorrir e enumerar-nos um a um, não faça propriamente reconhecimentos. Ou antes, não fazia…

De alguma forma ela parece ter compreendido melhor a dinâmica do que julgaríamos possível com a sua idade, porque desta vez na vez dela, foi capaz de dizer:

À mana, à mi… muah. (tradução: a mana deu-me um beijinho).

Perguntámos:

Que bom! E gostaste que a mana te desse um beijinho, é isso?

– É.

E continua…

– À pai, à mi, à mana, eh, eh… à Cai. (tradução: o pai levou-me a mim e à mana a ver o Tiago)

– Foi bom o pai levar-te hoje a veres o teu amigo? Tinhas saudades dele?

– É…

E olha-nos enternecida.

Mais enternecidos ficámos nós ao perceber que, apesar de tão pequena, uma vez envolvida nas dinâmicas de família, ela não só compreende a intenção do que fazemos como, afinal, também é capaz de participar e fazer reconhecimentos de uma forma tão assertiva.